Cientistas criam relógio para prever data da morte

Em quatro anos de pesquisa, eles desenvolveram um algoritmo capaz de determinar a expectativa de vida e prever doenças crônicas e seus tratamentos.
A lógica desse relógio da morte é simples: juntaram as informações sobre como vivemos com big data para saber quando os ponteiros vão parar.
Os cientistas estão interessados em fatores que afetam a longevidade, como condições de saúde, escolhas de vida, carga de trabalho e condições médicas.
Mais que matar a curiosidade de conhecer o próprio prazo de validade e planejar o que fazer com o resto dos dias, o estudo está sendo visto como uma importante ferramenta para as seguradoras avaliarem os clientes e ampliarem os tipos e especificidades de serviços que podem oferecer.
Mas, veja bem, não quer dizer que você vai saber o dia e a hora exata da sua própria morte, mas que o conjunto de informações reunidas por big data serão capazes de estimar sua longevidade para adequar o seguro de vida, por exemplo.
Inclusive, um grupo de especialistas da gigante de seguros Aviva auxiliou os pesquisadores das áreas médicas e de ciências da computação a desenvolver o algoritmo.
Se o cronômetro da expectativa de vida representa mais lucro para as empresas de seguros, pode servir também para que as autoridades melhorem a gestão dos fundos de pensão.
E, claro, a qualidade da saúde pública. A equipe responsável pelo estudo acredita que, com a estimativa do obituário em mãos, os médicos serão capazes diagnosticar e aconselhar seus pacientes de maneira mais precisa.
"As pessoas ao redor do mundo estão vivendo mais. Queremos identificar os fatores chaves para a mortalidade e desenvolver softwares com informações fornecidas por profissionais da saúde para dar melhores previsões de longevidade", afirma a professora responsável pela pesquisa, Elena Kulinskaya. É a big data adiantando os detalhes do nosso cortejo fúnebre.
Fonte: Revista Cobertura