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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

GERENCIAMENTO DE RISCOS - CUSTO DE ACIDENTES



Segue uma planilha padrão para a determinação do custo de acidentes, providência básica quando na empresa o gerenciamento de risco está presente:
Se a imagem não estiver totalmente visível dê um clique sobre ela e salve em outro local, para posterior uso.


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A FUNÇÃO DO REGULADOR DE SINISTROS

Definições:
•Regulação> Processo de apuração dos prejuízos e de todos os demais elementos que influem na apuração da indenização ,observado o clausulado.
•Liquidação> É o processo para o pagamento da indenização contratual devida ao segurado.


Atividades exercidas:
•Análise dos salvados
•Analisar enquadramento das Cond. Gerais
•Detalhar a causalidade e fortuidade
•Determinar o VR(Valor em risco) e/ou VRA(Valor em risco atual)

.Apurar os prejuízos
•Verificar infração contratual
•Impedimentos e/ou limitações de indenização
•Ressarcimentos
•Sugestões quanto ao risco

•Existência de outras coberturas atingidas
•Documentos iniciais (apólice/texto/vist.prévia)
•Informar ao segurado dos procedimentos
•Laudo preliminar
•Rol de documentos
•Idoneidade do segurado
•Investigação e/ou inquérito

domingo, 30 de agosto de 2009

SEGURO INCÊNDIO E A CLÁUSULA 304- Substâncias e Matérias Perigosas

A Cláusula 304 - Substâncias e Matérias Perigosas quando incluída no clausulado de uma apólice de seguro incêndio ou compreensivo de incêndio, nos encaminha para um conjunto de implicações importantes quanto ao acolhimento de sinistros por parte do segurador e implicações ao segurado quanto ao manuseio e armazenagem destas substâncias.


Para um melhor entendimento vamos anexar a cláusula 304 em seu texto usual:




Fica entendido e acordado ser terminantemente proibida a existência, emprego ou produção de qualquer quantidade das seguintes matérias ou substâncias, no local ou locais ocupados, no risco, pelo segurado: acetona, acetatos de amila, de butila, de etila, de metila e de vinila, ácido acético glacial, ácido nítrico concentrado, ácido pícrico, álcoois acima de 45° graus, aldeídos (exceto o fórmico e o benzaldeido), artigos pirotécnicos, carburetos (exceto o de silício), celulóide em bruto, cloratos, colódio, éteres e seus compostos (inclusive lança-perfumes), explosivos, fósforo branco, fulminatos, hidrocarburetos inflamáveis e/ou explosivos (acetileno, benzina, benzol, butano, gasolina, petróleo, propano, toluol, xilol e outros derivados de petróleo ou carvão, em estado gasoso ou líquido com ponto de fulgor inferior a 30° graus), hidrogênio e seus compostos inflamáveis e explosivos, munições, nitratos, peróxidos (água oxigenada e outros), picratos, potássio, sódio, sulfetos (exceto de cobre), terebentina, vernizes e solventes a base de proxilina e/ou hidrocarburetos inflamáveis.
Fica outrossim, entendido e acordado que a inobservância desta cláusula, implicará, em caso de sinistro, na redução da indenização a que o segurado teria direito. Na hipótese de haver cumprido o disposto acima, na mesma proporção do prêmio pago para o que seria devido se não constasse do Demonstrativo de coberturas a presente cláusula. A proibição acima não abrange as matérias ou substâncias usadas na produção de força, luz, calor, frio, ou utilizadas exclusivamente para fins de análise, assepsia e limpeza.




O texto da cláusula nos remete a uma proibição quanto ao uso ou produção de substâncias, em sua maioria inflamáveis ou explosivas. Ou seja o segurado que possui a cláusula identifica em sua apólice que obteve com este compromisso uma redução em seus custos de contratação, ao passo de que a inobservância deste compromisso pode implicar em inexistência de cobertura em sinistros ou uma redução da indenização na proporção do prêmio obtido com o referido texto.


Uma análise criteriosa na relação das substâncias existentes no local do risco incluindo as fichas técnicas destes produtos deve ocorrer para que sejam evitados conflitos posteriores.


Uma dica técnica onde rapidamente podemos obter uma informação primaria quanto as substâncias em questão é o seu "ponto de fulgor". Se a substância líquida em análise estiver com seu ponto de fulgor inferior a 37,5 C°, estamos diante de um produto inflamável, se superior a 37,5 C° estamos diante de uma substância combustível. O "ponto de fulgor" nos indica a que temperatura da substância inicia sua volatilização, ou seja, inicia a liberação de vapores que ao se misturarem com o ar presente podem levar a uma atmosfera com risco de explosividade, e neste momento, basta uma fonte de ignição para a mistura incendiar-se.


Damos como exemplo o Álcool (etanol) onde seu ponto de fulgor é de 15 C°. Isto significa que a uma temperatura ambiente, por exemplo 20 C° a substância já se encontra emanando vapores e estes se misturando ao ar para, dependendo das condições presentes criar uma mistura capaz de abrir incêndio na presença de uma fonte de ignição.


Cabe ressaltar entretanto que a mesma cláusula que determina tais questões, indica também a possibilidade que algumas destas substâncias de forem utilizadas para obtenção de força, luz, calor, frio, assepsia ou limpeza, encontram-se liberadas para uso sem que a cláusula seja denunciada.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

SEGURO DE RESPONSABILIDADE CIVIL - O QUE É

De maneira prática vamos abordar um tipo de seguro que experimenta um crescimento em nossos dias.
Cada atividade que o homem exerce possui algum grau de risco. Este risco pode atingir a quem o está excercendo, mas também pode repercutir em outros ou em "terceiros" como temos o hábito de nomear tais pessoas.

O artigo 927 do Código Civil de 2002 nos descreve que: " Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo"
Aí temos a obrigação. E de que forma esta obrigação se materializa?
O artigo 942 do mesmo código nos fala que " Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado".
Desta forma temos, de forma legal, as obrigações identificadas no código.

O Seguro de Responsabilidade Civil vem como produto de seguro nos garantir, até o limite dos valores contratados, que nosso património não seja atingido pela obrigação de reparar algum dano provocado, pois o dano que causamos, seja ele material ou pessoal, será ressarcido pela apólice de seguros que contratamos para os riscos que estamos sendo alvo de reclamação.

É importante salientar que os atos ilícitos de que o Código Civil fala estão vinculados a esfera dos atos gerados por negligência, imperícia ou imprudência e jamais os atos dolosos, ou seja, aqueles praticados com intenção .

Relacionaremos algumas coberturas de seguros existentes no mercado e os riscos normalmente por ela cobertos. Vale lembrar que as possibilidades de riscos são inúmeras e estaremos apenas indicando algumas para fins de esclarecimento.

- RC de Operações Comerciais e Industriais:
Dá atendimento a acidentes que, por exemplo clientes sofrem quando no interior destes estabelecimentos.
- RC de Guarda de Veículos de Terceiros:
Dá atendimento a colisões e roubo de veículo no interior de estabelecimentos comerciais.
-RC Condomínios:
Dá atendimento a acidentes provocados no interior do condomínio ou até por lançamento de objetos que atinjam a pessoas e/ou veículos.
-RC de Obras:
Dá atendimento a danos provocados por obras civis em seu entorno a pessoas e/ou casas ou veículos que estejam próximos a referida obra.
-RC Familiar:
Dá atendimento a danos provocados por filhos menores, animais de estimação ou empregados quando a serviço.

Existem outros riscos como por exemplo do proprietário de um veículo quando este causa um acidente, ou um caminhão quando ao transportar mercadorias causa danos ao colidir ou tombar o veículo. Os riscos de poluição podem ser segurados bem como os riscos profissionais.

domingo, 16 de agosto de 2009

A FÍSICA DAS TEMPESTADES

De maneira suscinta vamos tentar esclarecer algumas dúvidas
quanto as tempestades:
i.- Todas as nuvens produzem relâmpagos?
Não, somente as nuvens conhecidas como cumulunimbus, que
possuem desenvolvimento vertical acentuado e a base da
nuvem possui grande diâmetro podendo chegar a vários quilômetros.
ii.- Porque existem os relâmpagos?
Quando a concentração de cargas no centro positivo e
negativo da nuvem cresce muito, o ar que os circunda já
não consegue isolá-los eletricamente. Acontecem então
descargas elétricas entre regiões de concentração de cargas opostas que buscam se anular. Esta busca por se anularem
gera os relâmpagos que em sua maioria ocorrem dentro da nuvem. Uma parte destas descargas dirige-se ao solo ou do solo partem para a nuvem.
iii.- Para que serve o para-raios?
A função deste é simplesmente oferecer um caminho seguro para a descarga até o solo, sem apresentar prejuízos, portanto as estruturas e pessoas.
iv.- Qual a duração de um raio?
Um raio é composto de várias descargas, onde visivelmente podemos observar uma duração de até 2 segundos. Entretanto cada descarga dura apenas milésimos de segundo.
v.- Qual a voltagem e a corrente de uma descarga?
A voltagem pode alcançar 100 milhões de volts até 1 bilhão de volts. Já a corrente pode variar ente 30 mil amperes chegando por vezes a 300 mil amperes.
vi.- Qual a temperatura de um relâmpago?
Pode chegar a 30 mil graus Celsius, aproximadamente 5 vezes a temperatura do sol.
vii.- O que é o trovão?
O trovão ocorre devido ao rápido aquecimento do ar no momento da descarga elétrica.

sábado, 8 de agosto de 2009

Efeito da corrente elétrica no corpo humano - PROTEÇÃO



Na postagem anterior que abordava o EFEITO DA CORRENTE ELÉTRICA NO CORPO HUMANO, informamos da possibilidade de uma proteção para estes acidentes.
Em sua maioria ocorrendo em instalações elétricas de residências, escolas, escritórios ou comércio.
Apresentamos a seguir algumas informações sobre o disjuntor ou interruptor diferencial residual ou DR:


O dispositivo tem como função interromper, num determinado espaço de tempo a corrente elétrica fornecida a um aparelho/equipamento, quando uma corrente flui para a terra (choque ou fuga devido ao mal funcionamento de algum aparelho) excede um valor predeterminado. Esta corrente é geralmente muito menor do que a requerida para acionar a proteção de sobrecorrente(fusível ou disjuntor) do circuito de alimentação. A norma NBR 5410 recomenda tais dispositivos com sensibilidade inferior a 30mA. Isto significa que a corrente elétrica será interrompida se houver fuga igual ou inferior a 30mA. Outra especificação importante na escolha do disjuntor é o tempo de atuação do dispositivo que normalmente deve ser inferior a 0,04 seguros.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

EFEITO DA CORRENTE ELÉTRICA NO CORPO HUMANO

As informações que se seguirão apresentam apenas uma estimativa do efeito causado pela corrente elétrica no corpo humano, pois existem variações que levam em consideração cada biotipo.

Entretanto é oportuno observar e entender tais efeitos pois um choque elétrico ou mesmo o efeito de uma descarga atmosférica mesmo que o impacto desta tenha ocorrido a distância, pode causar problemas a saúde humana.
No texto abaixo entende-se C.A. como corrente alternada, ou seja o tipo de corrente elétrica existente nos domicílios, empresas e industrias.


  • Com uma corrente de até 25 mA em C.A., a reação fisiológica é de contração muscular violenta e com problemas respiratórios, podendo haver até asfixia. a forma de salvamento se dá por respiração artificial e com probabilidade final de restabelecimento.
  • Com uma corrente entre 25 a 80 mA em C. A. a reação fisiológia é insuportável, com contrações violentas e asfixia. A consequência é de morte aparente e o salvamento se dá com respiração artificlal, com probabilidade de restabelecimento.
  • Com uma corrente superior a 80 mA em C. A. a asfixia é imediata. Ocorre fibrilação ventricular e ocorrem alterações musculares e queimaduras. Os sinais visíveis são de morte aparente necessitando além da respiração artificial, massagem cardíaca. Necessário uso de desfibrilador para o restabelecimento.
  • Já com uma corrente na ordem de amperes ocorrem queimaduras decorrente do efeito termico, necrose de tecidos e fibrilação ventricular. Os sinais são de morte aparente e dependendo das queimaduras ocorrerá sequelas ou mesmo a morte. Exige além dos tratos básicos um tratamento hospitalar. A recuperação é difícil e pode ocorrer atrofia muscular.

Em uma próxima postagem, vamos apresentar uma forma de proteção já disponível para os acidentes (choques) que ocorrem, em sua maioria, em nossas residências e no dia a dia de nossos trabalhos.

domingo, 26 de julho de 2009

INCENDIO EM CALDEIRA - PROCEDIMENTO PARA COMBATE

1.-Trata-se de um tipo de evento que necessita de combate por profissionais, ou seja, o corpo de bombeiros. Entretanto em havendo uma brigada de incêndio no local, os passos aqui elencados poderão ser seguidos, inicialmente pela brigada local, até que o grupo profissional chegue para o combate, permitindo que algumas fainas iniciais já estejam prontas permitindo um ganho de tempo precioso.

2- Materiais Necessários:

a) Material de Proteção Individual;
b) Material de Abastecimento Hidráulico;
c) Material de Iluminação;
d) Ferramentas;
e) Ventiladores

3- Características Construtivas:

Caldeiras são equipamentos destinados a aquecimento de água para emprego em diversas finalidades. As caldeiras são normalmente confeccionadas em chapas metálicas estruturadas e constituem um vaso sob pressão a alta temperatura. Encontramos as caldeiras de diversos tamanhos e normalmente estão fixadas no interior de compartimentos edificados. Possuem como fonte combustível o óleo cru, GLP, eletricidade, óleo diesel, óleo vegetal, mineral e à lenha.

4- Durante o Deslocamento:

Cautela no deslocamento, priorizando a segurança objetivando a chegada. O caminho deverá ser o menos bloqueado e de acesso mais rápido. Caso haja necessidade solicite auxílio ao centro de operações. Solicite informações no deslocamento, explorando novos dados, novos fatos ou eventos relativos ao sinistro.

5- Parque de Manobras:

a) Afastamento mínimo 30m da edificação;
b) Sinalize o local com cones e/ou fita;


6- Isolamento:
Isolar a área sinistrada visando afastar curiosos. O acesso das viaturas até o foco principal deverá estar isolado e livre para o trabalho.

7- Análise de Situação:

a) Obtenha as informações via rádio;
b) Estabeleça o comando;
c) Localização da ocorrência;
d) Aspecto físico do local ( abastecimento, energia elétrica, acessos);
e) Caracterize a ocorrência principal;
f) Perigo de vida (Bombeiros, curiosos e residências próximas);
g) Risco de propagação para estruturas, janelas, edificações próximas;
h) Incêndio principal:
· Natureza (origem);
· Gases originados (fumaças);
· Material Combustível;
· Foco principal.
i) Condições Atmosféricas: vento, umidade, etc;
j) Risco de Explosão.

8- Exploração:

· Estabelecer Comando;
· Avaliar a cena e dimensionar os riscos;
· EPI Completo e detecção de gases;
· Plano de Combate

9- Salvamento de Vidas:

Prioridade em todas as operações. Geralmente os que ainda não foram atingidos terão prioridade no atendimento seguido dos feridos em áreas afastadas do local para próximo.

10- Combate à Incêndio:

Estabelecimento padrão: (Adutora 63mm,derivante um par de linhas de ataque 38mm.

a) Corte a fonte de abastecimento ;
b) Resfriar e quebrar com neblina, o calor irradiado, resfriando os gases da combustão, através de ataque direto promovendo o resfriamento do vapor irradiado.
c) Caso haja vazamento de combustível, promover o combate ao mesmo.
d) Não promover o resfriamento do recipiente com jato compacto pois tal procedimento poderá causar choque térmico, ruptura das paredes com explosão;
e) Promover o resfriamento natural;
f) Caso a caldeira esteja sob o risco de explosão, consulte o operador promovendo o isolamento em uma distância mínima de 50m.

11- Proteção e Rescaldo:

a) Escoar a água do combate;
b) Remover partes menos atingidas, separando o material mais queimado removendo para local seguro.
c) Deixar o local após não haver o mínimo risco, removendo escombro e materiais que queimam sob a forma de brasas.

12- Inspeção:

Após as operações executadas, reavaliar e inspecionar detalhadamente o local.
a) Incêndio Eliminado?
b) Rescaldo bem realizado?
c) Condições de segurança?
d) Limpeza se necessário?
e) Combustíveis cortados e sem vazamento?

13- Problemas que podem surgir:

a) Riscos elétricos;
b) Combustíveis vazados;
c) Estruturas comprometidas;
d) Rachaduras provocadas pelo calor.

14- Conferência do Material e Guarnição:

a) Conferir todos os materiais usados observando o estado geral, o desgaste, etc.
b) Após, reunir a guarnição e verificar se há feridos, faltas, etc.

15- Avaliação de Ocorrência:

Reuna a guarnição e avalie os seguintes procedimentos:
a) Resultados;
b) Plano aplicado;
c) Erros e acertos;
d) Riscos desnecessários ou não avaliados;
e) Sugestões.

TEMPERATURA EM UM CONDUTOR ELÉTRICO

Um condutor elétrico, ou podemos chamar um fio ou um cabo, apresentará seu desempenho, na sua função básica que é a de conduzir energia elétrica ao longo de uma instalação na medida em que forem respeitadas determinadas capacidades pelas quais um condutor é projetado.
Dentre as quais podemos citar apresentar:

Os fios e cabos providos de isolação são caracterizados por tres temperaturas, medidas no próprio condutor:

· Temperatura no condutor em regime permanente

É a temperatura alcançada em qualquer ponto do condutor em condições estáveis de funcionamento. No caso do isolamento em PVC, que é o mais comum este limite está em 70 °C.

· Temperatura no condutor em regime de sobrecarga

Este regime de sobrecarga não deve superar 100 horas durante 12 meses consecutivos, nem superar 500 horas durante a vida do cabo. No caso do isolamento em PVC, este limite está em 100 °C.

· Temperatura no condutor em regime de curto-circuito

Para este tipo de situação extrema o cabo pode manter temperaturas máximas por um período de até 5 segundos. No caso do isolamento em PVC , este limite está em 160 °C.

QUEDA DE RAIO - NÍVEIS DE PROTEÇÃO

A probabilidade de uma estrutura ser atingida por um raio é calculável, e a partir deste dado é possível, levando-se em conta o material de que a estrutura é construída , a sua finalidade , ocupação , os seus conteúdos, a existência de estrutura em sua vizinhança e o tipo de terreno, determinar o risco de haver danos a estrutura se atingida por um raio na sua área de atração.

A norma brasileira NBR-5419/2002 estabelece fatores de ponderação, que multiplicados pela probabilidade de queda de raio na sua área de atração, dará o risco de dano à estrutura resultando em dano pessoal.

O dado obtido pelo cálculo acima , estabelece o limite a partir do qual a proteção de torna obrigatória.

São 5 , pela norma brasileira, os fatores de ponderação:

· Fator A: Função do tipo de ocupação
· Fator B: Função do tipo de material de construção e da cobertura
· Fator C: Função do conteúdo
· Fator D: Função da localização
· Fator E: Função da topografia

Aos Diferentes níveis de risco citados acima, a norma Brasileira faz corresponder 4 níveis de proteção que poderiam ser relacionados com o tipo de estrutura a ser protegida:

· Nível I : ( 98% de eficiência)- Destinado as estruturas nas quais uma falha do sistema de proteção pode causar danos as estruturas vizinhas e ao meio ambiente, como por exemplo depósitos de explosivos.
· Nível II: (95 % de eficiência)- Destinado às estruturas cujos danos em caso de falha serão elevados ou levará a destruição de bens insubstituíveis, como por exemplo museus ou ginásios esportivos.
· Nível III: (90% de eficiência)- Destinado às estruturas de uso comum, como residência e escritórios.
· Nível IV: (80 % de eficiência) – Destinado a estruturas de material não inflamável, com pouco acesso de pessoas, como por exemplo depósitos em concreto armado.

domingo, 14 de junho de 2009

O QUE É A ESCALA DE BEAUFORD



A escala acima qualifica a intensidade dos ventos e seus efeitos resultantes no mar e em terra desenvolvidos por Francis Beauford no início do século XIX.
É de extrema utilidade quando, faltam dados precisos gerados pelos centros de meteorologia e climatologia existentes. Requer, entretanto um bom grau de observação da região ao entorno do evento bem como não haver ocorrido a descaracterização do local.




sábado, 13 de junho de 2009

GERENCIAMENTO DE RISCOS

Mais alguns conceitos:

PERIGO:É a exposição a um risco
DANO:É a gravidade da perda
PERDA: É o prejuízo, seja ele material ou imaterial
SINISTRO: É o prejuízo com garantia de ressarcimento
RISCO: É a incerteza da ocorrência de uma perda econômica.

O que é um Risco Puro: São os riscos tipicamente seguráveis, como por exemplo o incêndio, vendaval, inundação, perda de vidas.

O que é um Risco Especulativo: São riscos que nos dizem a respeito da aventura comercial, a variação cambial ou queda de preços. São riscos normalmente não seguráveis.

Como se classificam os Riscos:
A Gerência de Riscos, normalmente classifica os riscos em três classes:

CLASSE I: Aqueles cujas perdas não perturbam a economia da empresa
CLASSE II:Aqueles cujas perdas provocam dívidas ou necessidades de ampliação do capital social da empresa.
CLASSE III: Aqueles que podem produzir a quebra da empresa.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

EQUIPAMENTO DE BAIXA VOLTAGEM - O QUE É

Apresentamos duas definições para Equipamento de Baixa Voltagem:

Estas são encontradas no livro " INSPEÇÃO DE RISCO E REGULAÇÃO DE SINISTRO" - FUNENSEG

a)Equipamentos eletrônicos: São equipamentos em que a energia não é transformada em energia mecânica , elétrica ou calórica ; possuindo características comuns tais como semi-condutores, e como regra não tem que realizar operações mecânicas.
b)Equipamentos eletrônicos: São aqueles cuja demanda de energia elétrica, em geral é reduzida, tais como instalações de processamento eletrônico de dados, instalações telefônicas , instalações televisoras ou ainda instalações e equipamentos (de análises , microscópios eletrônicos, radio intercomunicação, painéis eletrônicos, calculadoras, sistemas de alarme, equipamentos utilizados em medicina nuclear, equipamentos odontológicos, sistemas eletrônicos de navegação, copiadoras, etc..).
Tais equipamentos são alimentados, portanto com tensões (voltagem) inferior a tensão nominal da rede, ou seja 110V ou 220V, que alimentam nossas casas e empresas. A tensão nominal da rede ingressa no equipamento, mas é rebaixada para operar normalmente em 12V , 5V e até mesmo em corrente contínua de -12V , +12V, -5V e +5V, tornando estes equipamentos sensíveis a oscilações, estas chamadas de "surtos eletrônicos".
Uma cobertura de seguro específica surgiu no mercado segurador chamada de "Equipamentos eletrônicos" ou "Equipamentos de Baixa Voltagem" cujo objetivo visa atender a estes tipos de equipamentos e suas avarias, dissociando portanto da cobertura tradicional de "Danos Elétricos", onde até então tais equipamentos encontravam acolhimento quando de sinistros cobertos.

sábado, 2 de maio de 2009

SINISTROS: Sinais inequívocos de queda de raio






Árvore existente em pátio que sofreu impacto direto de uma descarga. A parte em tom alaranjado mais forte refere-se a seiva (resina) que aquecida, ferveu.







A casa ao lado, devido a impacto da descarga, apresenta a parte superior da alvenaria, junto a cobertura perfurada.

quinta-feira, 5 de março de 2009

INSPEÇÃO DE RISCOS: SPDA

SPDA - Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas

Segue um artigo elaborado pelo engenheiro Normando V. B. Alves que descreve de maneira primorosa um conjunto de SPDA externo.

O artigo visa substancialmente esclarecer que para uma inspeção de risco onde existam SPDA instalados, não basta saber de sua existência e indentificá-las com uma fotografias, mas sim examinar o sistema sua instalação e observar se o conjunto está ativo.

Em um artigo futuro camos falar sobre a norma brasileira para SPDA e apresentar outras informações importantes para uma inspeção de risco qualificada.


Os interessados em conhecer o artigo enviem um e-mail para mario.bestetti@gmail.com solicitando, que enviaremos.

segunda-feira, 2 de março de 2009

SINISTROS: QUEDA DE RAIO - COMO CLASSIFICAR- COMO INTERPRETAR

De uma maneira bem resumida, um raio ou descarga atmosférica, representa problema quando esta dirige-se da nuvem para o solo.


Quando observamos descargas entre nuvens, convencionou-se chamar de relâmpagos.


Pois bem, quando um descarga atmosférica atinge o solo ou mesmo uma estrutura edificada, surgem os problemas decorrentes de tal fenômeno:


- Uma grande quantidade de energia é descarregada em um espaço muito pequeno de tempo influenciando as estruturas e/ou pessoas que estejam a sua volta. O termo a sua volta é muito vago, sem dúvida, entretanto é difícil prevermos qual é a área ou melhor o volume que será atingido pelas variações eletromagnéticas de uma descarga ou conjunto de descargas (primárias e secundárias). Por vezes temos efeitos de descargas atmosféricas influenciando/danificando equipamentos a 100 metros do ponto de impacto da descarga.Esta influência eletromagnética provoca nos equipamentos elétricos e principalmente nos eletrônicos, cuja diferença veremos em artigos futuros, um surto ou seja, aumento das tensões de operações destes equipamentos, provocando danos leves e até mesmo queima completa de equipamentos com sinais de carbonizaçao.


- O outro efeito de uma descarga atmosférica, menos observado,mas também danoso é no ponto do impacto da descarga, pois a alta energia descarregada naquele ponto implica em um deslocamento do ar nas proximidades que pode danificar estruturas e até mesmo perfurá-las ou arrancá-las de suas fixações. Portanto um impacto direto de uma descarga, deixa sinais inequívocos de sua passagem.


Este sinal que chamamos inequívoco é que o segurador está buscando quando a cobertura de queda de raio é denunciada. Cabe portanto ao perito/regulador, com o auxílio das pessoas do local identificarem este impacto por raio, onde este ocorrendo no local do risco (intra-muros), fica caracterizada então a queda de raio como cobertura de seguro.


Entretanto o impacto de uma descarga fora do local controlado pelo segurado, causar danos. Estes danos ocorrem normalmente pela condução do surto através da rede elétrica pública, rede telefônica ou mesmo rede lógica. Outra maneira de uma descarga afetar o local do risco sem impactar neste local é por indução eletromagnética, onde como uma "onda" de energia sem controle percorrendo várias dezenas de metros, as vezes, atinge com uma sobre-tensão os equipamentos ligados a redes elétricas e lógicas.


Uma dos grandes dilemas no enquadramento de uma cobertura de queda de raio está centrado, portanto, no ponto de impacto, se no interior do risco ou fora. Em muitos casos o impacto se dá fora mas os efeitos da descarga se fazem sentir no local do risco. A causa é sem dúvida uma queda de raio, entretanto para o enquadramento da cobertura torna-se inaplicável uma vez que não ocorreu o impacto no local do risco.


A pergunta então é: Qual a cobertura afinal?


Podemos enquadrar o evento como Dano Elétrico ou Equipamentos de Baixa Voltagem.





Próximo assunto: Alguns sinais inequívocos do impacto de uma descarga atmosférica.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

SEGUROS: O DANO ELÉTRICO

Nas coberturas complementares das apólice de seguro, uma das mais praticadas é a cobertura denominada de Dano Elétrico.

Nos últimos anos esta cobertura, em nossa opinião sofisticou-se e em decorrência da propria complexidade dos equipamentos utilizados pelo homem.

Por este motivo ainda é causa de muita confusão quando da contratação e por decorrência quando do sinistro.

Uma denifição obtida junto ao Glossário Ilustrado de Marco Aurélio Gonçalves de Souza nos diz que:

“Dano Elétrico é o desarranjo que se verifica nos equipamentos elétricos ou eletroeletrônicos, de dentro para fora, se caracterizando por queimas de circuitos, superaquecimentos, derretimentos de metais e plásticos, inutilização de dielétricos ou isolantes, etc., e, principalmente, pelo não surgimento de chamas em progressão, mas apenas por sinais de queima/enegrecimento, por perfurações de placas ou pelo odor de plástico queimado."

Já a cobertura denominada de "Danos Elétricos" apresenta diversas definições e interpretações sendo que em sua maioria abordam:

Danos materiais causados somente às partes elétricas de quaisquer máquinas ou equipamentos eletroeletrônicos, por variação anormal de tensão, curto-circuito, arco voltaico, calor gerado acidentalmente por eletricidade, descargas elétricas, eletricidade estática ou qualquer outro fenômeno de natureza elétrica.

A definição da cobertura acima nos apresenta em um primeiro plano a questão dos danos causados " somente" às partes elétricas.

Isto nos remete a seguinte pergunta: E as partes mecânicas a ela associada ?

Em muitos casos danos mecânicos ocorrem em decorrência do dano elétrico e tal prejuízo será desconsiderado das garantias dadas pela cobertura de Dano Elétrico.

Aí reside um dos maiores contenciosos entre as partes.

Se buscarmos analisar com cuidado os prejuízos NÃO indenizados na cobertura de Dano Elétrico. vamos observar ressalvas que apontam de uma maneira geral para peças ou partes mecânicas, principalmente as indiretamente associadas a avaria.

Como exemplo apresentamos um prejuízo havido a um motor elétrico, onde o enrolamento do estator necessita ser trocado devido ao dano elétrico, uma sobrecarga por exemplo. Pela idade ou estado de conservação ou até mesmo pela boa técnica os rolamentos onde o rotor está apoiado são substituídos e apresentados junto com as demais despesas. O par de rolamentos neste caso não será objeto de acolhimento por parte do perito/regulador.


Próxima matéria sobre seguros vamos abordar o dano elétrico a equipamento de baixa voltagem.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

GERENCIAMENTO DE RISCOS

CONCEITOS
Gerência de Riscos: “ Pode definir-se como o processo destinado a conservação dos ativos mediante a minimização dos efeitos financeiros ocasionados pelas perdas acidentais.”
Perdas Acidentais:
–Incêndio,raio, explosão
–Indenizações por reclamações judiciais Lesões ou acidentes humanos.

Gerência de Riscos: “ É um processo duplo, gerencial e decisório, que necessita de uma série de etapas para a tomada de decisões, bem como de certas funções administrativas básicas para a execução de tais decisões.”

OBJETIVOS
Objetivo da G.R.: É a planificação efetiva dos recursos necessários para recuperar o equilíbrio financeiro e a efetividade operativa após uma perda fortuita.

RESPONSABILIDADES DA GERÊNCIA DE RISCOS

Identificação e Classificação dos Riscos:
–Danos de natureza externa
–Desfalques
–Reclamações judiciais
–Perdas de mercadorias em transito
–Falta de matérias primas .Recessão econômica

Medição dos Riscos:
-Frequência e Importância
-Estudos matemáticos e probabilidades
Tratamento dos Riscos:
-Eliminação dos Riscos
-Prevenção e Controle
-Assumir os Riscos
-Transferir os Riscos
Manutenção dos Riscos:
-Proporcionar a informação básica
-São um suporte estatístico para:
+ Registro dos ativos
+ Registro das perdas sofridas
+ Registro da carteira de seguros
+ Manual dos riscos da empresa(política)
Cooperação com outros Departamentos:
-Acessoria jurídica
-Pessoal
-Financeiro
-Produção
Relatórios:
-PARA a direção e outros departamentos
-DE outros departamentos, seguradoras
-Controle de carteira:
+Cotações
+Sinistros pagos e/ou avisados
+Inspeções
+Saúde das Cias. seguradoras
+Projeções
A gerência de Riscos teve seu início com a 2ª guerra mundial e nas grande industrias militares americanas, sendo que inicialmente voltadas para a segurança do trabalho e segurança contra incêndios, o contrôle de qualidade e a análise de riscos para seguro.
Desde então as suas aplicações e áreas cresceram, principalmente com o uso da informática e dos computadores de maior capacidade.

Próxima matéria: Mais alguns conceitos e as classes de risco



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

ASSUNTOS A SEREM EXPLORADOS

Neste blog vamos abordar quatro áreas a saber:



i.- ANALISE DE GERENCIAMENTO DE RISCOS: Um programa será elaborado onde abordaremos, os conceitos, as áreas de atuação e a sua utilidade para a contratação de seguros.



ii.-SEGUROS DE RAMOS ELEMENTARES: Clausulados, riscos cobertos, riscos excluídos, avaliações, depreciações, etc....



iii.- SINISTROS: Atuação do regulador ou perito. Atuação do Corretor. Análises de prejuízo e estudos de caso.



iv.- INSPEÇÃO DE RISCOS: Atuação do inspetor/vistoriador; participação do corretor, análises e técnicas de inspeção.



v.- QUESTIONAMENTOS: Participação do mercado em relação aos assuntos acima.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Estamos dando partida neste meio de divulgação de conhecimentos sobre seguros e sinistros, como estampa o título de nosso blog.

O objetivo básico é troca de informações em relação a seguros, com ênfase em ramos elementares, bem como ao tratamento dos sinistros destes mesmos ramos.

Acreditamos que nossa experiência de 25 anos lidando com a matéria nos permita informar e porque não aprender sobre este assunto que pessoalmente é empolgante e em minha visão pouco conhecido pelos usuários finais e me atrevo aqui a escrever que algumas áreas do seguro como corretores, inspetores, reguladores e peritos também necessitam de mais informação e conhecimento.

Dos 20 anos como instrutor ou dos 17 anos como perito/regulador nesta área, percebemos a necessidade e informamos aos alunos e futuros colegas de mercado a importância de um melhor tratamento do seguro com um olhar mais afinado para os riscos existentes, identificando-os e transferindo-os então para os seguradores.

Nossa intenção é publicar matérias de nossa responsabilidade tratando de seguros e sinistros e utilizando também uma ferramenta importante nos dias de hoje que é o gerenciamento de riscos, com suas técnicas de identificação e análise.

Abriremos espaço para o esclarecimento de dúvidas e porque não de matérias que julgarem interessantes dentro deste mesmo escopo.

Mãos a obra. !!!