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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A CAUSA DOS SINISTROS




A Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) divulgou a nova edição do
 relatório “Global Claims Review 2015: Interrupção dos Negócios em Foco”,
 em dezembro do ano passado, destacando o aumento crescente de sinistros
e riscos para os negócios ao redor do mundo. Em seu novo relatório, a
resseguradora identifica que 90% dos prejuízos financeiros ocasionados
por sinistros são gerados por dez principais causas, sendo incêndio e explosão
 as principais, responsáveis por quase 60% desse total. O relatório também
 mostra que fatores humanos e técnicos dominam as causas de
sinistros, ultrapassando o impacto dos riscos naturais.
Além disso, o documento revela que as interrupções nos negócios por ataques
 cibernéticos, greves e pandemias seguem em franco crescimento.


AGCS analisou mais de 1.800 grandes sinistros de interrupções de
 negócios, totalizando mais de €3 bilhões em 68 países, no período de
2010 a 2014. De acordo com o estudo, todos os continentes sofrem de
alguma forma com sinistros que causam interrupção nos negócios.
Os principais deles são: incêndio e explosão, afetando a indústria
de petróleo e gás ao redor do mundo; alagamentos, que causaram
grandes sinistros na Ásia; e tempestades, que foi a principal causa de
 sinistros na região do Caribe e América Central entre 2010 a 2014.

A Revista Apólice repercutiu o assunto com o diretor de Riscos Patrimoniais
das companhias, Wilson Saliba, que reforçou a tendência global desses
 sinistros, já que a diminuição das catástrofes naturais, que costumavam
 ser a principal causa de interrupção dos negócios, fez com que os outros
 tipos de sinistros citados diminuíssem consideravelmente.
 “Porém, isso não tem relação direta com o tipo de negócio de cada empresa,
 ou seja, se a companhia é mais ou menos exposta a um risco.
 Isso se deve principalmente em virtude de uma gestão de risco inadequada”,
 destacou o executivo. Da mesma forma, isso não quer dizer que apenas
 os riscos mal protegidos pegam fogo ou explodem. Há também situações
de fatos inesperados em riscos com uma boa proteção.

Tendências de interrupção para determinadas indústrias
A média de prejuízos são mais elevadas em termos de valor para os sinistros
vindos dos setores de energia (€ 3,96 milhões de euros) e property
 (€ 2,21 milhões de euros), seguidos de engenharia (€ 0,9 milhões de euros) e
entretenimento (€ 0,3 milhões de euros). O custo de grandes sinistros no
 mercado de energia vem aumentando, com a interrupção dos negócios sendo
 responsável por uma proporção maior dos totais de perda. Isso é resultado do
 aumento de instalações de energia onshore e crescentes interdependências
 entre empresas, resultando em sinistros regionais de cobertura se uma unidade
 sofre interrupção.

No setor de entretenimento, uma doença ou um acidente envolvendo um
membro do elenco são a causa mais comum de prejuízo. Uma lesão de uma
 grande estrela pode atrasar a produção, provocando um sinistro de vários
 milhões de dólares. A perda de elenco é responsável por 60% dos sinistros
recebidos no setor e quase três quartos de sinistros em valor. O aumento de
 efeitos visuais caros na produção de filmes que, muitas vezes exigem contratos
 com especialistas terceirizados, também podem causar pagamentos de
 prêmios mais caros através dos atrasos de produção.

Cada incidente analisado envolvendo incêndio e explosão ​​custou em média
 € 1,7 milhões em perdas nos negócios. No Brasil, as perdas das seguradoras
com lucros cessantes em 2015 foram de 36% em relação aos prêmios emitidos.
Os prêmios emitidos foram de cerca de R$ 91 milhões e os gastos com sinistros
 ultrapassaram R$ 36 milhões.*

Além das perdas financeiras, é sabido o impacto dos danos que podem ser
causados à reputação que é mais difícil de mensurar e não depende de uma fórmula.
O mercado não costuma levar em consideração se houve falha humana ou não.
Independente da culpa a marca do sinistro para clientes pode levar anos
 para ser superada. “Tudo depende do momento do mercado. Quando está
mais “soft”, onde as condições são mais flexíveis, as exigências das empresas
acabam sendo menores do que em um mercado “hard”, com muitas exigências
em relação a riscos mais expostos em decorrência de falta de protecionais,
sejam eles de elemento humano ou de elemento técnico”, esclarece Saliba.

“O relatório vem alertar que a interrupção de negócios é um importante condutor
 por trás do aumento de perdas em property. No futuro, as causas de interrupção
 de negócios de danos não-físicos podem tornar-se mais relevantes também”, alerta.
 Perigos, tais como ataques cibernéticos, violência política, greves, pandemias e
 quedas de energia podem potencialmente causar grandes perdas para as
empresas, sem danos à propriedade.

Fonte: Revista Apólice

INCÊNDIOS PREOCUPA EMPRESÁRIOS DO BRASIL




Do total de três mil pequenas e médias empresas entrevistadas na Pesquisa
Global Zurich PMEs, em 15 países, 8,5% se preocupam com incêndio.
O índice entre as brasileiras (200 entrevistadas) alcança 23%,
ou seja, três vezes mais. Também é o dobro do registrado no segundo
da lista, Espanha, com 11% de registro.
Além disto, a Pesquisa Global Zurich PMEs identifica que o Incêndio
é o tipo de sinistro mais temido pelas pequenas e médias empresas brasileiras.
A Zurich, seguradora que atua em mais de 170 países e é referência
global em Engenharia de Riscos (Risk Engineering), lista pontos de atenção
que podem minimizar as causas. Carlos Cortés, especialista da Zurich
em Gerenciamento de Riscos, exemplifica que não basta atender os
requerimentos mínimos de proteção contra incêndio, pois eles
visam unicamente a proteção da integridade física das pessoas, mas
não tanto do patrimônio. Por outro lado, é relevante que as empresas
recebam consultoria referente a como reforçar a cultura de prevenção
de riscos de incêndio e façam esforços para implementar ações de melhoria.
Enfim, não há melhor resposta a um incêndio que aquele que não acontece.


“Para empresas, um incêndio tem outro agravante.
É importante lembrar que um seguro pode oferecer cobertura para cobrir
perdas em Patrimônio e o que o empresário deixou de ganhar no período
de interrupção (cobertura para Lucros Cessantes). Mas nenhum seguro
indeniza o dano à imagem da empresa e o mercado que se tenha perdido”,
destaca Carlos Cortés, o Head of Risk Engineering da Zurich Brasil.
· DICAS
- PREVENÇÃO
-Reforçar as políticas de controle de fumo.
-Reforçar as permissões de trabalhos de corte e solda, além da análise preliminar de riscos.
-Incluir nos programas de manutenção elétrica a análise de gases dissolvidos para transformadores a óleo e rotinas de termografia infravermelha.
-Implementar programa para a melhoria do housekeeping.
-Reforçar os programas de treinamento em segurança e prevenção de incêndios ao pessoal.
-Atualizar as avaliações dos riscos inerentes às operações.
CONTROLE
-Fornecer sistemas automáticos de detecção de incêndio, além das botoeiras manuais.
-Revisar que as reservas técnicas de incêndio sejam adequadas para o tipo de risco considerando a proteção do patrimônio.
-Fortalecer os planos de resposta a emergência.
-Avaliar a viabilidade de instalar sistemas automáticos de proteção contra incêndio.
-As empresas devem aproveitar as oportunidades de projetos de expansão e de melhoria dos locais para reforçar os sistemas protecionais.
Para mais informações, consulte o site da Risk Engineering: http://www.zurichriskengineering.com.br/
Em tempo: Entre os 15 países pesquisados, a Espanha ocupa o segundo lugar, com a metade da preocupação do Brasil: 11%. Em terceiro lugar vem o México, com 10%. O país menos receoso é a Irlanda, com 3% de apontamentos.
Fonte: Danilo – Agência b9b