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sábado, 28 de fevereiro de 2009

SEGUROS: O DANO ELÉTRICO

Nas coberturas complementares das apólice de seguro, uma das mais praticadas é a cobertura denominada de Dano Elétrico.

Nos últimos anos esta cobertura, em nossa opinião sofisticou-se e em decorrência da propria complexidade dos equipamentos utilizados pelo homem.

Por este motivo ainda é causa de muita confusão quando da contratação e por decorrência quando do sinistro.

Uma denifição obtida junto ao Glossário Ilustrado de Marco Aurélio Gonçalves de Souza nos diz que:

“Dano Elétrico é o desarranjo que se verifica nos equipamentos elétricos ou eletroeletrônicos, de dentro para fora, se caracterizando por queimas de circuitos, superaquecimentos, derretimentos de metais e plásticos, inutilização de dielétricos ou isolantes, etc., e, principalmente, pelo não surgimento de chamas em progressão, mas apenas por sinais de queima/enegrecimento, por perfurações de placas ou pelo odor de plástico queimado."

Já a cobertura denominada de "Danos Elétricos" apresenta diversas definições e interpretações sendo que em sua maioria abordam:

Danos materiais causados somente às partes elétricas de quaisquer máquinas ou equipamentos eletroeletrônicos, por variação anormal de tensão, curto-circuito, arco voltaico, calor gerado acidentalmente por eletricidade, descargas elétricas, eletricidade estática ou qualquer outro fenômeno de natureza elétrica.

A definição da cobertura acima nos apresenta em um primeiro plano a questão dos danos causados " somente" às partes elétricas.

Isto nos remete a seguinte pergunta: E as partes mecânicas a ela associada ?

Em muitos casos danos mecânicos ocorrem em decorrência do dano elétrico e tal prejuízo será desconsiderado das garantias dadas pela cobertura de Dano Elétrico.

Aí reside um dos maiores contenciosos entre as partes.

Se buscarmos analisar com cuidado os prejuízos NÃO indenizados na cobertura de Dano Elétrico. vamos observar ressalvas que apontam de uma maneira geral para peças ou partes mecânicas, principalmente as indiretamente associadas a avaria.

Como exemplo apresentamos um prejuízo havido a um motor elétrico, onde o enrolamento do estator necessita ser trocado devido ao dano elétrico, uma sobrecarga por exemplo. Pela idade ou estado de conservação ou até mesmo pela boa técnica os rolamentos onde o rotor está apoiado são substituídos e apresentados junto com as demais despesas. O par de rolamentos neste caso não será objeto de acolhimento por parte do perito/regulador.


Próxima matéria sobre seguros vamos abordar o dano elétrico a equipamento de baixa voltagem.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

GERENCIAMENTO DE RISCOS

CONCEITOS
Gerência de Riscos: “ Pode definir-se como o processo destinado a conservação dos ativos mediante a minimização dos efeitos financeiros ocasionados pelas perdas acidentais.”
Perdas Acidentais:
–Incêndio,raio, explosão
–Indenizações por reclamações judiciais Lesões ou acidentes humanos.

Gerência de Riscos: “ É um processo duplo, gerencial e decisório, que necessita de uma série de etapas para a tomada de decisões, bem como de certas funções administrativas básicas para a execução de tais decisões.”

OBJETIVOS
Objetivo da G.R.: É a planificação efetiva dos recursos necessários para recuperar o equilíbrio financeiro e a efetividade operativa após uma perda fortuita.

RESPONSABILIDADES DA GERÊNCIA DE RISCOS

Identificação e Classificação dos Riscos:
–Danos de natureza externa
–Desfalques
–Reclamações judiciais
–Perdas de mercadorias em transito
–Falta de matérias primas .Recessão econômica

Medição dos Riscos:
-Frequência e Importância
-Estudos matemáticos e probabilidades
Tratamento dos Riscos:
-Eliminação dos Riscos
-Prevenção e Controle
-Assumir os Riscos
-Transferir os Riscos
Manutenção dos Riscos:
-Proporcionar a informação básica
-São um suporte estatístico para:
+ Registro dos ativos
+ Registro das perdas sofridas
+ Registro da carteira de seguros
+ Manual dos riscos da empresa(política)
Cooperação com outros Departamentos:
-Acessoria jurídica
-Pessoal
-Financeiro
-Produção
Relatórios:
-PARA a direção e outros departamentos
-DE outros departamentos, seguradoras
-Controle de carteira:
+Cotações
+Sinistros pagos e/ou avisados
+Inspeções
+Saúde das Cias. seguradoras
+Projeções
A gerência de Riscos teve seu início com a 2ª guerra mundial e nas grande industrias militares americanas, sendo que inicialmente voltadas para a segurança do trabalho e segurança contra incêndios, o contrôle de qualidade e a análise de riscos para seguro.
Desde então as suas aplicações e áreas cresceram, principalmente com o uso da informática e dos computadores de maior capacidade.

Próxima matéria: Mais alguns conceitos e as classes de risco



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

ASSUNTOS A SEREM EXPLORADOS

Neste blog vamos abordar quatro áreas a saber:



i.- ANALISE DE GERENCIAMENTO DE RISCOS: Um programa será elaborado onde abordaremos, os conceitos, as áreas de atuação e a sua utilidade para a contratação de seguros.



ii.-SEGUROS DE RAMOS ELEMENTARES: Clausulados, riscos cobertos, riscos excluídos, avaliações, depreciações, etc....



iii.- SINISTROS: Atuação do regulador ou perito. Atuação do Corretor. Análises de prejuízo e estudos de caso.



iv.- INSPEÇÃO DE RISCOS: Atuação do inspetor/vistoriador; participação do corretor, análises e técnicas de inspeção.



v.- QUESTIONAMENTOS: Participação do mercado em relação aos assuntos acima.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Estamos dando partida neste meio de divulgação de conhecimentos sobre seguros e sinistros, como estampa o título de nosso blog.

O objetivo básico é troca de informações em relação a seguros, com ênfase em ramos elementares, bem como ao tratamento dos sinistros destes mesmos ramos.

Acreditamos que nossa experiência de 25 anos lidando com a matéria nos permita informar e porque não aprender sobre este assunto que pessoalmente é empolgante e em minha visão pouco conhecido pelos usuários finais e me atrevo aqui a escrever que algumas áreas do seguro como corretores, inspetores, reguladores e peritos também necessitam de mais informação e conhecimento.

Dos 20 anos como instrutor ou dos 17 anos como perito/regulador nesta área, percebemos a necessidade e informamos aos alunos e futuros colegas de mercado a importância de um melhor tratamento do seguro com um olhar mais afinado para os riscos existentes, identificando-os e transferindo-os então para os seguradores.

Nossa intenção é publicar matérias de nossa responsabilidade tratando de seguros e sinistros e utilizando também uma ferramenta importante nos dias de hoje que é o gerenciamento de riscos, com suas técnicas de identificação e análise.

Abriremos espaço para o esclarecimento de dúvidas e porque não de matérias que julgarem interessantes dentro deste mesmo escopo.

Mãos a obra. !!!